
A possibilidade de invocar OVNIs — objetos voadores não identificados — tem sido uma ideia que há muito tempo habita o imaginário popular, muitas vezes associada a crenças místicas, teorias da conspiração e avistamentos não explicados. No entanto, um novo e ambicioso estudo liderado por cientistas e especialistas em fenômenos aéreos propõe uma abordagem completamente diferente: usar o método científico para testar essa hipótese de maneira rigorosa e controlada.
A organização por trás dessa iniciativa é a Skywatcher, fundada por Jake Barber, ex-piloto e denunciante que ganhou notoriedade por revelar informações confidenciais sobre fenômenos aéreos anômalos. Com uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros, físicos, psicólogos e especialistas em tecnologia aeroespacial, o grupo desenvolveu uma estrutura de análise inovadora chamada Skywatcher Discovery Framework, cujo propósito é investigar de forma sistemática e baseada em evidências se é realmente possível comunicar-se ou até invocar OVNIs.
Skywatcher Discovery Framework: uma abordagem científica para o inexplicável
A grande novidade trazida pela Skywatcher é a criação de um modelo de seis níveis de investigação, que visa estabelecer um padrão elevado de verificação de relatos e registros de objetos voadores não identificados. O objetivo é separar o que pode ser explicado por fenômenos conhecidos — como aeronaves, balões meteorológicos ou drones — daquilo que, de fato, permanece sem explicação mesmo após análise criteriosa.
Confira abaixo os seis níveis do Skywatcher Discovery Framework:
- Observação Preliminar: Nesta primeira etapa, a equipe coleta relatos de avistamentos e realiza a triagem inicial. Fenômenos explicáveis de maneira convencional, como aviões comerciais, satélites, meteoros ou planetas visíveis a olho nu, são eliminados da investigação.
- Coleta de Dados Estruturada: Casos promissores são analisados com instrumentos de alta precisão, incluindo câmeras com infravermelho, radares de longo alcance e sensores atmosféricos. O objetivo aqui é capturar evidências físicas e mensuráveis.
- Análise e Teste de Hipóteses: Os dados obtidos são submetidos a uma análise técnica rigorosa, onde os pesquisadores testam múltiplas hipóteses. Apenas quando todas as explicações convencionais são descartadas é que um caso é considerado anomalia verdadeira.
- Verificação Independente e Revisão por Pares: Para garantir a integridade dos resultados, os dados são compartilhados com especialistas independentes que tentam replicar as análises. Isso garante a transparência científica e reduz o risco de erros metodológicos.
- Divulgação Pública e Revisão Científica: As descobertas passam a ser divulgadas em plataformas de acesso aberto, incentivando a colaboração e revisão por parte da comunidade científica e da sociedade civil.
- Integração ao Conhecimento Científico e Político: Por fim, se os dados forem confirmados como genuínos e significativos, eles serão integrados aos estudos acadêmicos e às políticas públicas voltadas à segurança aérea e ao monitoramento do espaço aéreo.
Comunicação com OVNIs: sinais eletrônicos e influência da mente
Mas o aspecto mais instigante dessa pesquisa vai além da observação passiva de fenômenos. A Skywatcher está explorando duas hipóteses principais para a possível indução de contatos com OVNIs: a sinalização eletromecânica e a interação neuromeditativa.
- Sinalização eletromecânica: Essa abordagem parte do princípio de que certos tipos de frequências eletromagnéticas — como ondas de rádio, pulsos infravermelhos ou padrões de luz modulada — poderiam atrair ou sinalizar para objetos não identificados. A ideia é semelhante à forma como usamos comunicação com satélites ou naves espaciais, mas aplicada a potenciais tecnologias ainda desconhecidas.
- Interação neuromeditativa: Aqui entra um campo mais controverso, que envolve o uso da mente humana como ferramenta de comunicação. Pesquisadores da Skywatcher têm testado se estados alterados de consciência — como aqueles alcançados por meditação profunda, foco mental ou habilidades psíquicas — poderiam influenciar a manifestação de OVNIs. Os experimentos iniciais com voluntários sensíveis produziram resultados curiosos, como padrões de luz no céu coincidentes com sessões de meditação, embora esses dados ainda estejam sendo validados por especialistas externos.
Experimentos e cronograma: respostas até o fim de 2025

A Skywatcher estabeleceu um prazo ambicioso para publicar os resultados finais: até dezembro de 2025. Segundo Jake Barber, todos os experimentos, análises de dados e revisões independentes estarão completos até essa data. Ele afirma que, independentemente do resultado, a meta é entregar à comunidade científica e ao público evidências concretas sobre a possibilidade (ou não) de se provocar manifestações de OVNIs por meios tecnológicos ou mentais.
Um marco importante desse processo será o lançamento de um vídeo exclusivo, marcado para o dia 7 de abril, mostrando imagens de um OVNI do tipo “Tic-Tac” — semelhante ao relatado pelo Comandante David Fravor em 2004. Segundo Barber, a gravação inclui não apenas imagens visuais, mas também dados de radar e sensores térmicos, tornando-se um dos registros mais robustos até o momento.
Esse vídeo poderá se tornar uma peça-chave na avaliação da credibilidade da Skywatcher e da seriedade com que estão tratando o assunto.
O enigma da “batalha aérea” entre OVNIs
Durante uma recente entrevista ao jornalista Ross Coulthart, da NewsNation, Jake Barber revelou um episódio surpreendente que ocorreu durante os testes de interação neuromeditativa. Em agosto de 2024, a equipe conduziu um experimento com um indivíduo dotado de supostas habilidades psíquicas. O resultado? De acordo com os relatos, dois objetos desconhecidos teriam se manifestado no céu e iniciado um comportamento aéreo semelhante a uma batalha aérea ou “dogfight”.
Apesar da natureza extraordinária do evento, Barber foi cauteloso. “Nosso objetivo não é afirmar que tudo isso é real, mas sim testar cada hipótese em ambientes controlados, eliminando qualquer viés ou interpretação equivocada”, explicou.
Essa abordagem cética e metódica reforça o compromisso da Skywatcher com a ciência, ao mesmo tempo em que abre espaço para explorar novas fronteiras do desconhecido.
Ciência e mistério lado a lado
Seja qual for o resultado final do estudo da Skywatcher, o impacto já é significativo. Ao aplicar critérios científicos a um campo tradicionalmente dominado por especulações e teorias alternativas, a organização está criando um novo paradigma para o estudo de fenômenos aéreos inexplicáveis.
Caso as experiências confirmem que métodos específicos realmente influenciam o surgimento de OVNIs, estaremos diante de uma descoberta com implicações profundas para a ciência, a tecnologia e até para a compreensão da consciência humana. Por outro lado, se os experimentos não resultarem em evidências conclusivas, ainda assim será uma contribuição valiosa, pois irá definir limites claros entre ciência e crença, e estabelecer um padrão de análise que poderá ser seguido por futuros estudos.
De uma forma ou de outra, a pergunta permanece no ar: será mesmo possível invocar OVNIs? Com base nos dados que vêm sendo reunidos, em breve poderemos ter uma resposta — e talvez ela seja mais surpreendente do que podemos imaginar.