
O que o governo americano descobriu (e ainda não explicou) sobre os OVNIs?
Por décadas, o Projeto Blue Book esteve no centro de teorias sobre visitas extraterrestres e conspirações governamentais. Agora, com a reabertura de investigações e avanços tecnológicos, o antigo arquivo da Força Aérea dos Estados Unidos voltou aos holofotes — e com novidades.
O que foi o Projeto Blue Book?
De 1952 a 1969, a Força Aérea dos EUA investigou mais de 12.000 relatos de objetos voadores não identificados (OVNIs). O objetivo? Avaliar se esses fenômenos representavam uma ameaça à segurança nacional e entender sua origem.
O projeto foi encerrado oficialmente com a conclusão de que a maioria dos casos era explicável — balões meteorológicos, estrelas, aviões, fenômenos atmosféricos. No entanto, 701 casos permaneceram sem explicação, o que deixou margem para especulações até hoje.
O ressurgimento do interesse: agora se chama UAP
Nos últimos anos, vídeos de encontros entre pilotos militares e objetos aéreos com comportamentos “inexplicáveis” reacenderam o debate. Os chamados UAPs (Fenômenos Aéreos Não Identificados) substituíram o termo “OVNI” na linguagem oficial do governo americano.
Em resposta ao crescente interesse (e pressão pública), o Pentágono criou novas iniciativas como:
- UAP Task Force (2020)
- AARO – All-domain Anomaly Resolution Office (2022)
Esses programas visam analisar relatos com o suporte de tecnologias modernas — radares avançados, inteligência artificial e dados de sensores militares.
Novas tecnologias, novas perguntas
Ao contrário da década de 1950, hoje temos recursos mais sofisticados para estudar esses fenômenos:
- Satélites com visão infravermelha e de alta resolução
- Análise de big data para identificar padrões de movimento
- Testemunhos com registros de vídeo captados por sistemas militares
Esses fatores permitem uma abordagem mais científica e menos especulativa.
Documentos abertos ao público
Em 2015, os arquivos completos do Projeto Blue Book foram digitalizados e disponibilizados online. Desde então, curiosos, jornalistas e cientistas vasculham as mais de 130 mil páginas em busca de pistas, padrões ou mesmo provas.
Muitos dos casos envolvem relatos de civis e pilotos descrevendo luzes, objetos metálicos e movimentos impossíveis para as aeronaves conhecidas da época.
E os extraterrestres?
Até agora, nenhum documento — nem antigo, nem recente — confirma visitas alienígenas. No entanto, autoridades americanas admitem que ainda não conseguem explicar muitos dos fenômenos registrados nos céus. E mais: existe uma preocupação real de que esses objetos possam estar ligados a tecnologias estrangeiras — o que por si só já seria motivo para manter o assunto em alta prioridade.
Conclusão: ficção, fato ou algo entre os dois?
O que antes era tema de filmes de ficção científica e teorias da conspiração, agora é uma questão debatida no Congresso dos EUA, com audiências públicas e pressão por mais transparência.
A reavaliação do Projeto Blue Book e os estudos modernos sobre UAPs mostram que, mesmo após mais de 70 anos, a pergunta continua viva: estamos sozinhos no universo?